O primeiro dia da Expoeventos 2013 contou com uma programação movimentada na capital portenha, com início na manhã desta terça-feira. A primeira atividade foi a apresentação das instalações do Hotel Intercontinental, na Caje Moreno, 809, no centro da cidade. O meio de hospedagem oferece 309 quartos, em 19 andares e com uma vista privilegiada de alguns dos principais pontos turísticos de Buenos Aires. Possui ainda vários outros serviços privados, incluindo a parceria com a Igreja São João Batista, importante patrimônio histórico, localizada em anexo ao empreendimento. O local é uma opção para quem precisa de um espaço com requinte e charme para a realização de eventos sociais, como casamentos, e outros.
Em seguida, ainda no Hotel Intercontinental, foi feita a apresentação da cidade de Mendoza como destino de turismo de feiras, congressos e afins. A região dispõe de três importantes centros de congressos e convenções distribuídos na capital, Malargüe Y San Rafael, preparados com modernos equipamentos de caráter internacional, com várias salas complementares que permitem a realização de eventos nacionais e internacionais. Recentemente foi inaugurado um equipamento chamado Le Park, com capacidade para 1.500 pessoas sentadas. Outra opção é o Estádio Arenas, que pode abrigar até 5 mil pessoas. Já o Hotel Intercontinental, de Mendoza, vem realizando um grande evento a cada três meses por meio de suas 12 salas e 180 apartamentos.
Na parte da tarde, no Centro Costa Salguero, as atividades seguiram com a apresentação de duas palestras. A brasileira Jeanine Pires, diretora da Pires & Associados e Presidente do Conselho de Turismo e Negócios da Fecomércio São Paulo ressaltou que o turismo de reuniões vem ajudando no desenvolvimento da educação, da ciência, tecnologia e na melhoria da infraestrutura das cidades. “Os gastos dos visitantes contribuem para a economia local. Para ter uma ideia do tamanho do mercado, segundo o IPK, World Travel Monitor, da Alemanha, o país arrecadou 3 bilhões de euros graças a esta atividade”, disse ela. Jeanine ressaltou que 63% dos visitantes que chegam na América do Sul utilizaram o avião como meio de transporte para se deslocar.
A diretora acrescentou ainda que 41% das pessoas se alojam em hotel de categoria superior e permanecem 9 noites em média no destino, sendo de 1 a 2 dias utilizados para conhecer melhor o destino e visitar os atrativos turísticos do país. O gasto por viagem fica em torno de 1.800 dólares, a maioria do público é formado por homens, na faixa etária dos 40 anos, e alto nível de educação. “Este é um mercado jovem, com um grande potencial de crescimento em todo o continente. Para cada 1 dólar ou 1 peso investido, o retorno comercial é de 13 dólares ou 13 pesos”, finalizou a diretora. Na opinião dela, o sucesso e o aumento no número de eventos e congressos realizados na América Latina dependerá da cooperação entre os setores público e privado.
Arnaldo Nardone, presidente da ICCA (International Congress and Convention Association) confirmou o crescimento no mercado de reuniões profissionais na América Latina. Segundo ele, os números triplicaram. De 397, em 2002, passou para 1.162, em 2012. “O continente é um dos principais no mundo. O impacto econômico com os gastos de um turista de eventos corporativos é de 4 a 5 vezes maior do que o turista normal, pois ele gasta mais, em torno de 570 dólares por dia”, acrescenta. Nos Estados Unidos a atividade gerou 263 bilhões de dólares e, no México, 18 bilhões de dólares. “Em Shangai, o impacto das reuniões trouxe benefícios para a cidade, com a renovação de áreas abandonadas”.
O presidente revelou ainda um fato ocorrido em Londres, com os Jogos Olímpicos, capaz de atrair 300 mil visitantes internacionais e 600 mil nacionais. Na Argentina, realizaram-se 3.866 reuniões, sendo 3.308 congressos e convenções, com o ingresso de 1.500 milhões de dólares. “Não podemos perder oportunidades. Precisamos formar grandes equipes de trabalhos e aumentar as atividades regionais, em conjunto com as entidades, em diversas áreas e setores”, aconselha o especialista. No Brasil, avalia, é preciso trabalhar as candidaturas junto a médicos, advogados, engenheiros, veterinários. “Isto é um trabalho realizado principalmente pelos Conventions Bureaux, mas não deixar toda a responsabilidade com ela”, finaliza.
Comentários