“Todos esses resultados foram possíveis em decorrência de que conseguimos formar uma rede com marcas fortes que possuem credibilidade no mercado. É por meio desse desenvolvimento robusto que iremos nos manter como líder do mercado hoteleiro na região”, comemora Roland de Bonadona, CEO Accor Américas & Caribe.
Os novos negócios gerados pela Accor mantêm um equilíbrio entre todos os modelos de operação, sendo os contratos de franquia e administração responsáveis por 2/3 da expansão do grupo. As conversões também foram destaque no último ano, pois compreendem um modelo que dá mais agilidade ao processo de abertura de uma unidade, que, nos moldes tradicionais, pode levar cerca de quatro anos, desde a assinatura do contrato até a inauguração.
Roland de Bonadona, está confiante no Brasil, a longo prazo. Para 2015 e 2016 ele espera momentos turbulentos por conta da economia estagnada. No ano passado, os hotéis com bandeira Accor no Brasil, entre próprios, administrados e franquias, registraram um volume de atividades de R$ 2,2 bilhões, incremento de 7,3%, sendo de apenas 2% se considerada a base de hotéis existentes em 2013. O crescimento do Revpar foi de apenas 2%, ambos bem abaixo da inflação. “A causa não foi a Copa, e sim a desaceleração econômica”, segundo Bonadona que acha que “a Copa foi muito boa por dois motivos: gerou receita para a hotelaria das cidades sede e não gerou incidentes que comprometessem a imagem do país”. No entanto, ainda segundo o CEO Américas da Accor, “o Brasil perdeu a chance de aproveitar o evento e promover nossos destinos. Um erro que não pode ser repetido na Olimpíada”.
Com o ministro Vinicius Lages no comando do MTur, “me sinto mais confortável e confiante que a janela de oportunidade que se abre com a Olimpíada não será perdida novamente”. Por isso, “devemos todos trabalhar e torcer pela sua permanência no cargo. Acredito na equipe econômica atual e nas medidas que estão sendo tomadas, o que somado à presença do Vinicius Lages à frente do Turismo, dá confiança para que se recomende investimentos e novos projetos no país”. O dólar a R$ 3,00, segundo Bonadona, é bom para o receptivo internacional e para estimular as viagens domésticas dos brasileiros, mas também é ruim, pois dá um sinal de que a economia vai mal, está desacelerando e isso significa menos gastos em viagens.
O Brasil foi o país que mais abriu hotéis em 2014 e se mantém como um país estratégico no plano de expansão da companhia, já que em 2015 serão abertos mais de 20 novos hotéis. “Cidades secundárias e terciárias passaram a integrar o mapa da economia do País e a Accor tem como foco ampliar a presença nessas localizações por meio de fortes parcerias com investidores locais, mas, claro, sem esquecer-se da força das capitais”, reforça Abel Castro, diretor de Desenvolvimento de Novos Negócios Accor Américas & Caribe. Hoje o país conta com 210 empreendimentos da rede, com 34.616 quartos. “Isso representa mais de 10 milhões de diárias/ano, 1 milhão de diárias disponíveis por mês. Com uma taxa média de ocupação de 70%, significa que a Accor comercializa anualmente quase 10 milhões de diárias”, exemplificou.
A família Ibis (Ibis, Ibis Styles e Ibis budget) é a que mais cresce e a explicação está no fato da rede econômica se adaptar facilmente ao processo de interiorização, além de conciliar qualidade do serviço a preço de tarifas mais acessíveis.
Em 2014, foram assinados quase 40 contratos para novos hotéis da família Ibis no Brasil. O Ibis Styles, por exemplo, teve a primeira unidade aberta em maio do ano passado e, atualmente, já são cinco unidades em todo o Brasil. Presente em grandes capitais, a marca Ibis budget está chegando às cidades do interior dos países – garantindo o melhor preço para hospedagem.
As marcas que compõem as categorias Luxo, Upscale e Midscale tiveram 14 contratos assinados nas Américas e Caribe, que serão somados aos 130 hotéis já em operação. A nova marca, Adagio, lançada em 2013 para aqueles que procuram estadia prolongada, já conta com oito hotéis distribuídos em grandes centros como São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte e Porto Alegre. Até 2018, a marca terá 15 unidades.
As perspectivas também são positivas para a marca Pullman, que deve dobrar o número de hotéis: de quatro para oito nos próximos anos. Com 46% de representatividade entre as marcas de Luxo, Upscale e Midscale, Mercure também apresentou bom desempenho chegando a vários países como Argentina e Uruguai. Os clientes poderão contar com mais 10 unidades para se hospedar até 2018.
O Revpar (Revenue Per Available Room) – índice que mostra a receita por quarto disponível - apresentou na região 5,7% de crescimento em relação a 2013, bastante superior à do Brasil, onde cresceu apenas 2,1%. A taxa de ocupação de todos os hotéis no Brasil atingiu 69%, sendo 32% oriundos do programa de relacionamento Le Club Accorhotels, que já conta com 2 milhões de associados na América Latina.
Neste ano, a Accor quer manter o ritmo de crescimento das marcas e, para isso, a experiência global será essencial para a elaboração de estratégias inovadoras capazes de superar os desafios econômicos na região. “O ano de 2015 será de muito trabalho. Já estamos com negociações em andamento no Chile, Colômbia e Argentina e vislumbramos boas oportunidades no México. Nos Estados Unidos, algumas cidades importantes que combinam com a estratégia de priorizar os destinos receptores de demandas latino-americanas e europeias estão sendo estudadas”, conclui Bonadona.
A Accor é a principal operadora de hotéis do mundo e conta com 470 mil quartos em 3.700 hotéis, por meio de 14 marcas de confiança em 92 países. A empresa está organizada em torno de duas divisões, HotelServices, que opera e franquia os hotéis, e HotelInvest, que é proprietário e investidor. Os hotéis Accor situam-se em três segmentos, do econômico ao luxo, que estão constantemente reinventando seus conceitos para satisfazer as necessidades dos clientes de negócios e lazer em todo o mundo. As marcas Accor que se incluem na categoria luxo e upscale são: Sofitel, Pullman, MGallery e Grand Mercure, The Sebel; midscale: Novotel, Suite Novotel, Mercure e Adagio; e econômica: ibis, ibis Styles, ibis budget, adagio access e hotelF1. O Grupo possui um poderoso ecossistema digital, destacando seu portal de reservas accorhotels.com, os sites das marcas e seu programa de fidelidade Le Club Accorhotels.
Novos modelos de negócios, franquias e conversões marcam crescimento da Accor no Brasil
“Tanto o Summerville quanto o Pirâmide e o Mar Hotel possuem boas áreas de eventos, um segmento muito importante para nós”. Em relação ao crescimento dos dois resorts no segmento de lazer, Bonadona acha que o entrave maior é a dependência da melhoria da malha aérea. O Summerville já está consolidado e, segundo o diretor de desenvolvimento de novos negócios da Accor, “o Pirâmide receberá em breve inovações estruturais e passará para o padrão Grand Mercure”.
Anunciada no inicio da semana, a parceria do hotel paulistano Maksoud Plaza com a Accor, que passará a oferecer a partir de março reservas em todos seus canais de reservas, como o site accorhotels.com e demais pontos de venda.
Anunciado pelo diretor geral das marcas luxo da Accor na América do Sul, Patrick Mendes, “o Maksoud Plaza é um hotel icônico, com importante histórico para a cidade” e o acordo permitirá que o Maksoud tenha mais visibilidade no mercado corporativo internacional, um dos focos do acordo.
Academia Accor
Os 170 mil colaboradores do Grupo se beneficiam em trabalhar para uma empresa que acredita na progressão e tem um programa de treinamento de líderes da indústria, a Accor Académie. Desde sua criação, há 45 anos, a Accor tem atuado com inovação e hospitalidade sustentável, foco de sua visão estratégica, assim como tem desenvolvido seu processo de abordagem e inovação centrada no cliente.
O crescimento da rede no Brasil, com o acrescimento de dezenas de novos hotéis anualmente, demanda por treinamento de novos gerentes e reciclagem de todo pessoal dos mais de 200 hotéis espalhados pelo Brasil. A Academia Accor que antigamente funcionava no Novotel Campinas, é composta de 10 profissionais e hoje está instalada na sede da rede hoteleira.
Segundo Roland de Bonadona, “cada implantação hoteleira, seja um novo hotel, seja uma conversão, exige o treinamento da equipe que assumirá sua gerencia, normalmente constituída com prata da casa, e também dos funcionários que são contratados. Além disso, cada funcionário Accor participa de dois treinamentos/ano. Ao todo, a Accor promove 20.000 treinamentos por ano”.
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