Associação Profissional de Intérpretes de Conferência congrega 170 profissionais no Brasil

Campo de interpretação simultânea e consecutiva cresce no Brasil, principalmente nos setores de tecnologia e saúde.

Tereza Sayeg
Com o objetivo de reunir em um órgão de classe os profissionais ativos no campo da interpretação simultânea e consecutiva, em 1971 oito intérpretes criaram a APIC – Associação Profissional de Intérpretes de Conferência – a primeira associação a representar a profissão na América Latina, atualmente com 170 membros.

“O mercado para estes profissionais se desenvolveu de forma intensa nas últimas décadas. Apesar do maior número de brasileiros que falam outros idiomas, a procura por intérpretes aumentou de acordo com o volume de empresas estrangeiras que passaram a fazer negócios no Brasil”, diz Tereza Sayeg, presidente da APIC. O número de conferências, eventos e encontros de executivos de diferentes nacionalidades realizados no País cresceu cerca de 18% (de 2012 para 2013), segundo o levantamento realizado pelo ICCA (International Congress & Convention Association) divulgado em maio deste ano. Atualmente, são 360 eventos internacionais por ano em média.

Os intérpretes são contratados para trabalharem uma ampla gama de eventos, como: encontros de chefes de Estado e de governo, congressos médicos, seminários técnicos, reuniões de negócios e vídeo conferências. Para desempenhar suas funções com excelência, este profissional precisa ter uma solida formação intelectual, conhecer as linguagens de cada área em que atua, manter-se permanentemente atualizado, além de possuir uma ampla cultura geral. “Cabe destacar que o intérprete reconhecido pela APIC adota uma postura discreta e observa rigorosamente a regra da confidencialidade, uma vez que muitas das informações a que temos acesso são estritamente sigilosas”, explica Tereza Sayeg.

Inspirada nos moldes da AIIC (Associação Internacional de Intérpretes de Conferência), fundada há 60 anos e sediada em Genebra, a APIC é uma entidade sem fins lucrativos que reúne profissionais do mais alto nível de qualificação técnica e desempenho profissional. Com intuito de manter o padrão de qualidade e recomendar condições de trabalho equilibradas para todos os membros, a associação dispõe de um Regulamento Interno que estabelece normas para a boa prática profissional. “Nossa carreira tem características muito particulares que levaram a APIC a elaborar orientações de conduta professional destinadas a preservar a saúde física e mental do intérprete, assegurando também, desta forma, o melhor resultado para o cliente", comenta a presidente da APIC.

Atualmente, cerca de 10% dos membros da associação residem fora do Brasil e contribuem com o trabalho de diversas maneiras. Os principais idiomas que os integrantes dominam são: português, espanhol, inglês, alemão, francês, japonês, russo e italiano. O interessado em tornar-se membro da APIC deve preencher os seguintes requisitos: apresentar documentação comprobatória de sua experiência, a ser examinada e aprovada por uma comissão técnica de admissão. Em seguida, o nome do profissional é circulado entre os membros efetivos para aprovação final.

A APIC está sediada em São Paulo e conta com membros em diversas cidades brasileiras. Saiba mais sobre a associação no endereço eletrônico: http://www.apic.org.br

Fonte: Assessoria