1ª Reunião do Fornatur de 2016 define assuntos prioritários para o turismo brasileiro

Membros do Fórum apostam em promoção dos destinos no exterior para atrair mais turistas

Durante a 85ª Reunião Ordinária do Fornatur, na última quinta-feira (28), no Hotel Base, em Brasília, os representantes estaduais de turismo definiram as pautas prioritárias para serem discutidas ao longo do ano e encaminhadas ao Ministério do Turismo. Verba descentralizada para a divulgação dos destinos, lei de incentivo ao turismo, feiras nacionais e internacionais, sistema de cadastro de pessoas físicas e jurídicas que atuam no setor do turismo (Cadastur) que não têm recebido o repasse para fiscalização e cartilhas sobre turismo são assuntos que serão tratados nas próximas reuniões do Fórum.

O presidente do Fornatur e secretário Adjunto de Turismo de Brasília, Jaime Recena, pediu o empenho dos secretários estaduais para o fortalecimento do Fórum. “Devemos discutir juntos as demandas e dar encaminhamento formal. É o momento de nos prepararmos para dialogar com o Ministério do Turismo o planejamento para 2016 e a previsão de recursos que teremos para definirmos as ações prioritárias”.

Apesar de ter sido aprovado esta semana, na Câmara dos Deputados, o projeto de lei que prevê que o turismo possa se beneficiar da Lei Rouanet na promoção internacional e captação de turistas, Recena incentivou os membros do Fórum a insistirem na criação de uma lei para o turismo. “Queremos uma lei de incentivo específica para atividades turísticas, que dê liberdade de usar recursos para atividades que não incluam, necessariamente, atividades culturais”.

Na parte da tarde, foi debatida com o Ministério do Turismo a posição do Brasil no ranking de desenvolvimento turístico. O país encontra-se em 44º lugar de 50 países. “Nós temos que fazer um trabalho de fortalecimento do turismo com nossos governadores para conseguirmos desenvolver o setor no Brasil. No ano 2000 o país recebeu cinco milhões de turistas estrangeiros e, em 2015, pouco mais de seis milhões, um crescimento ínfimo em 16 anos”, ponderou o vice-presidente do Fornatur, Nilo Sérgio. Para Recena, o posicionamento do Brasil deve-se à falta de investimento na divulgação do país lá fora.

O Diretor de Gestão Estratégica do Ministério do Turismo, Jun Yamamoto, citou algumas metas para 2016, como a atualização de instrumentos de planejamento, a qualificação de 24 mil profissionais, o aumento da entrada anual de turistas estrangeiros de 6.2 para 7.1 até 2019 e investimentos na promoção dos destinos. “O Brasil precisa de uma política robusta e consolidada de longo alcance. De 2016 a 2019, vamos aprimorar estudos que deem condições de discutir com ministérios do Planejamento e da Fazenda, comprovando os investimento e políticas necessários para trazer benefícios econômicos ao país através do turismo, concluiu.

O diretor de Administração e Finanças do Instituto Brasileiro do Turismo (Embratur), Tufi Michreff Neto, citou os esforços do grupo para promover o turismo no Brasil em ano de Olimpíada. “Apesar de todas as dificuldades em função do Zica vírus, acreditamos que será um ano positivo em virtude da variação cambial e do investimento da Embratur em marketing no mercado Sul-americano, ano passado. Isso tem surtido efeito”, afirmou. Tufi lembrou também as parcerias com empresas aéreas para envio de cargas para a realização feiras promocionais para divulgação dos destinos turísticos, pleito do Fórum em reunião do ano passado.

Ao final da reunião, foi aprovado o calendário das 86ª e 87ª Reuniões Ordinárias do Fornatur. A primeira será durante o World Travel Market Latin America, dia 30 março em São Paulo, exclusiva para a eleição do novo presidente do Fórum e a 87ª reunião no dia 20 de abril, em Cuiabá, para aproveitar o período da Feira Internacional do Pantanal, de 21 a 24 de abril.

As reuniões do Fornatur têm o objetivo de debater estratégias para incrementar o desenvolvimento do setor, estimular o empreendedorismo e aumentar o fluxo de visitantes no Brasil. É um colegiado formado por secretários estaduais e presidentes de órgãos estaduais de Turismo. Os representantes debatem temas relevantes do turismo nacional, incorporam as demandas regionais, expressam o pensamento e a ação do executivo estadual na gestão do turismo, constituindo um bloco de expressão técnica e política.