Segundo resultado do I Dimensionamento Brasileiro da Indústria de Eventos realizado em parceria com o Fórum dos Conventions Visitors & Bureau e do Sebrae, em 2001, confirmou que são realizados cerca de 330 mil eventos por ano no país, estimulando a atração de cerca de 80 milhões de participantes. A região sudeste concentra, ainda, a maior parte dos eventos, promovendo quase 170 mil a cada ano, cerca de 52% do total, seguida pela região sul com 63 mil eventos anuais (19% do total). Esses números, que certamente, já sofrerão alterações, para um número muito maior, colaboram para a altivez de uma economia forte e segura, porém também é gerador de um déficit de responsabilidade ambiental elevada, representado pela produção de materiais e consumo de recursos não renováveis de forma imprudente e ao seu término uma quantidade de lixo surpreendente.
Mas o segmento de eventos não quer ser mais um cúmplice de uma atitude irresponsável e passa também a responder de forma proativa buscando adotar medidas que minimizem e/ou em alguns momentos erradiquem esses impactos, com algumas ações até consideradas simples como a priorização de materiais recicláveis e reutilizáveis utilizados na produção e confecção de materiais impressos, de material cenográfico, entre outras ações.
Também conhecidos como eco eventos ou ainda eventos verdes, esses acontecimentos especiais são àqueles que possuam em sua plataforma de desenvolvimento a inclusão dos conceitos de sustentabilidade. Essa caracterização tornou-se uma prática estratégica para toda a empresa que esteja antenada com o comportamento social desse século. Não sendo, portanto, considerada mais, como um diferencial, mas sim uma exigência do próprio mercado.
As instituições, a cada dia, começam a ter essa preocupação no desenvolvimento de seus eventos, buscando minimizar os impactos que os mesmos podem gerar ao meio-ambiente e nesse caso, como meio ambiente, entende-se um completo ecossistema, no qual o homem é integrante protagonista e não um coadjuvante do processo.
Porém no mercado há muitos eventos greenwash, ou seja, àqueles em que as empresas promotoras e organizadoras mascaram sua intenção e buscam apenas uma promoção em cima de alguma fragmentação de sustentabilidade aplicadas em suas ações.
O termo descreve as empresas que exploram produtos e serviços ambientalmente responsáveis, quando na verdade se tratam somente de estratégias para aumentar os lucros ou reduzir custos. Começou a ser usado pelo ambientalista Jay Westerveld, em 1986, como resposta a algumas práticas da indústria hoteleira que colocava cards nos quartos incitando à re-utilização de toalhas para “salvar o meio-ambiente”, quando em muitas situações não se notava nenhum esforço sincero dos hotéis em contribuir para essa máxima. Como a sociedade está mais atenta, essas percepções podem gerar uma verdadeira repulsa institucional.
Aliás, essa mesma sociedade começa a exigir eventos mais sustentáveis e certamente ficarão de olho nas empresas que falsearem sua intenção. Então a pergunta que fica é:
Seu evento é sustentável ou greenwash?
Dependendo da Resposta....chegou a hora de rever seus conceitos e atitudes ou reforçar seus valores e princípios!
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