Alguém pode explicar porque a Praça de Alimentação em Feiras sempre são tão limitadas e com opções tão pouco saudáveis?
E ainda tem alguns coffee breaks que de tão miseráveis em sua oferta devem contabilizar 01 peça por cada comensal, gerando um enérgico duelo para ser o contemplado com a raridade. Fato que proporciona muito mais distanciamento que socialização, um dos objetivos de sua demanda.
Isso sem mencionar aquelas “pastinhas” sem sabor algum, que teimam em oferecer como entrada, para despertar as sensações, que nesse caso só pode ser de repulsa e desgosto.
Há também as pequenas bombas calóricas salgadas, cuja gordura pode permanecer por um bom tempo nos dedos de quem se arriscou a degustá-las... o pior é quando a gordura se prolifera por meio de apertos de mãos e tapinhas nas costas.
E os exemplos não param...
É preciso que os OPCs estejam cada vez mais alertas e conscientes que é de sua total responsabilidade o bem estar do participante de um evento e o item alimentos não é um mero coadjuvante de seu plano de ação.
Um serviço de alimentação adequado ao perfil de seu público-alvo, condicionado a um atendimento fisiológico inerente ao ser humano, deve criteriosamente ser planejado como atributo de soma e não de subtração na percepção e satisfação do grupo.
Pensar em tendências como alimentos orgânicos, mais saudáveis e funcionais, enfatizando realmente os cinco sentidos, independente do modismo estar atrelado ao finger food, ao comfort food, ao slow food, entre tantos, certamente incorporará mais um diferencial ao evento.
É notório que o próprio panorama evolutivo dos eventos iniciou-se na era paleolítica média (200.000 a.C) justamente pelo compartilhamento de alimentos.
Hoje, o desafio contemporâneo é dar continuidade a esse elo, também com o apoio da alimentação e não transformá-la em um vilã que só trás maldizeres e mal-estares.
E isso só dependerá, mais uma vez, da nossa escolha, da nossa sensibilidade e sobretudo, da responsabilidade para com os outros.
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