Por eventos com mais sorrisos... e menos atos mecanicistas!

Se continuarmos a não compreender essas necessidades é melhor darmos a vez por completo para os eventos virtuais, pois os avatares já fazem parte do contexto.

Uma das principais características dos eventos é justamente seu potencial de agregar, socializar e integrar pessoas.

Em plena era contemporânea, os eventos tem usado de todo o poder extraordinário da tecnologia, no intuito de gerar mais atratividade, impacto e conexões.

São novos tempos, novas exigências, novas possibilidades, novas ofertas... mas há uma que jamais deveria ter sido deixada de lado ou até perdida: A arte de Receber em Eventos

Todo organizador profissional de eventos sabe o quanto é vital ter sua linha de receptivo afiada, treinada e acima de tudo disponível para o atendimento dos participantes e/ou convidados.

Porém cada vez mais percebemos que a preocupação na montagem dessa staff prioriza habilidades e conceitos como estética e/ou jovialidade, que atendam a um orçamento enxuto, em detrimento ao valor de maior necessidade e exigência para tal função, que é ser acolhedor prestativo e proativo.

Há muito a área de serviço no Brasil tem deixado a desejar... apesar de contrariamente essa situação chocar-se com a essência hospitaleira, nata da nação. Em algum momento a desatenção, o desleixo e a forma mecanicista de receber tornou-se um padrão, visto do Oiapoque ao Chuí.

E para nossa surpresa, esse comportamento também chegou na área de eventos, fragilizando o escopo do desenvolvimento de um cenário de bem estar, que até pode ser emoldurado por mil e uma projeções tecnológicas,uma cenografia de impacto, mas fica faltando algo... fica faltando calor humano.

Essa onda parte daquele que recebe porém, quando percebemos essa postura até contaminou o público, que começa a evitar contatos, sorrisos, encontros, deixando de lado um dos maiores benefícios da atividade que é justamente o contato face-to-face.

Nós, OPCs devemos nos comprometer sempre com a qualidade dos eventos que organizamos e sobretudo alinhá-los com os objetivos perseguidos pelo cliente primário.

Será que agora receptivo com sorriso deve ter valor extra para ser entregue em um evento?

Será que é possível escolher e estimular pessoas que realmente estejam a fim de servir ao outro, se comprometendo realmente com seus interesses e pleitos?

Será que é possível compreendermos que acima de tudo somos humanos e queremos ser atendidos, sempre que possível, por nossos pares que olhem em nossos olhos e realmente sejam representantes de nossos anfitriões?

Se continuarmos a não compreender essas necessidades é melhor darmos a vez por completo para os eventos virtuais, pois os avatares já fazem parte do contexto.

Como dica para reforçar minha preocupação recomendo a leitura da nova obra da colega e acadêmica Marlene Matias, A Arte de Receber em Eventos, da editora Manole, uma colaboração e tanto para resgatarmos o nosso melhor e que realmente pode fazer a diferença e ser a marca registrada do nosso trabalho, já que se falarmos em infra-estrutura... bom... deixa isso para um outro post...