Perícia calcula que 10% do prédio tenha sido queimado e chuva ameaça restante da estrutura

Lojistas avaliam estragos e chuva é agravante para as lojas pouco atingidas pelo incêndio. "Está chovendo como se fosse na rua", aponta o presidente da Associação dos Lojistas do Mercado Público, Ivan Konig

Uma primeira análise do Mercado Público de Porto Alegre por parte dos permissionários aponta para um grande prejuízo aos lojistas do local. Segundo o presidente da Associação dos Lojistas do Mercado Público, Ivan Konig, a chuva será um problema para as lojas do primeiro piso — pouco atingido pelo incêndio. Como o teto do prédio, em algumas partes, foi totalmente destruído, a água da chuva alaga as lojas.

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"Está chovendo como se fosse na rua. Não são 80 lojas, mas estimamos que 80 portas estão atingidas e visivelmente prejudicadas", resumiu Konig.

As chamas teriam iniciado em uma região onde ficam três lojas, em um ponto central do segundo piso que tem frente para a Praça Julio de Castilhos. No local funcionam alguns restaurantes. O espaço ficará interditado, sem previsão de liberação. O prazo para a conclusão da perícia é de 30 dias. As causas do fogo ainda não foram divulgadas, nem hipóteses foram informadas.

"A parte de cima, do portão da Rua Borges (de Medeiros), próximo da Julio (de Castilhos), foi totalmente destruída. Perda total", explicou o presidente.

A partir das 14h, a equipe do Instituto Geral de Perícias (IGP) liberará o local para uma nova entrada por parte dos permissionários. A energia elétrica deve ser restabelecida no meio da tarde, os produtos poderão ser retirados e um melhor apontamento dos prejuízos poderá ser feito.

DESTRUIÇÃO

A equipe do Instituto Geral de Perícias (IGP), que foi até o Mercado Público na manhã deste domingo, calculou que cerca de 10% do prédio tenha sido consumido pelas chamas. A estimativa do Corpo de Bombeiros, durante a madrugada, era de que 30% do local teria sido atingido. Pelo twitter da Casa Civil, o governo estadual divulgou no final da manhã deste domingo uma estimativa de 25%.

O delegado Hilton Müller, da 17ª Delegacia da Polícia Civil, ficou surpreso ao entrar no local. Ele afirmou que o estrago foi muito menor do que o que transpareciam as imagens da televisão. "O que vimos ontem (sábado) à noite, pela imprensa, era de que o dano era muito grande. Nos surpreendeu muito positivamente que o dano não tinha tanta dimensão. Nossa preocupação neste primeiro momento é mostrar aos gaúchos e aos porto-alegrenses que a situação não é tão dramática quanto imaginávamos", disse.