Minha melhor invenção: “Cidadonômetro”

Por Virgínia Câmara

Virgínia Câmara
Depois de minhas andanças pelo mundo, consegui ter uma percepção sobre as pessoas e qualidade de vida nos locais que estive, a partir da experiência no metrô. Assim, criei o “cidadonômetro”! O primeiro índice de qualidade criado pelo Instituto Virgínia Camara de Pesquisas que baseia-se apenas em minhas opiniões e experiências.

Não sou nenhuma expert em economia ou na área financeira, porém acredito que é possível perceber a cultura e cidadania do local através de um curto passeio pelas linhas do metro. Abaixo, seguem minhas notas e observações, lembrando que a opinião e experiências são todas pessoais!

Londres – Nota 10

A cidade possui a melhor infraestrutura em transporte público que já utilizei. Havia linhas que me levaram até o metro e era um local distante da estação de trem. A todo o momento, pessoas ajudando e repassando informações, placas bem sinalizadas e muita facilidade para comprar o ticket. A mesma facilidade e receptividade também foram visíveis em restaurantes, pubs e pontos turísticos da cidade. Uma situação curiosa que aconteceu foi que, quando o trem que embarquei estragou, o reparo foi rápido, tinham funcionários passando informações a cada 5 minutos, além de disponibilizarem alternativas. O ocorrido aconteceu no horário de pico e os trens estavam bem cheios e mesmo assim, a equipe conseguiu lidar com a situação e ninguém se sentiu perdido ou lesado.

Paris – Nota 8

Ao desembarcar em Paris, logo senti uma diferença em relação à Londres. Nos terminais, havia muito menos pessoas para auxiliarem e tive dificuldade para utilizar a máquina de compra do ticket, além de ter problemas de passar pelas roletas com malas. Por coincidência, quanto utilizei o metrô da cidade, um dos trens demorou muito a chegar. Porém, não havia informações, as placas apresentavam informações trocadas e ninguém conseguia dizer o motivo do atraso de 40 minutos. Cogitei até pegar um táxi com duas passageiras que também tinham horário. No final, pegaria um trem direto para meu destino e tive que optar por um que fez várias paradas. A nota não foi mais baixa, pois na cidade fui bem atendida.

Madrid – Nota 6

A cidade espanhola fica com uma nota média, pois possui uma boa infraestrutura, mas peca nas placas que são confusas, a falta de uma escada rolante para quem está transitando com malas e a falta de cordialidade das pessoas. Tive dificuldades de locomoção por causa das malas e, somente quando cheguei perto do meu hotel, me ofereceram ajuda. Senti muita individualidade por parte dos cidadãos espanhóis.

São Paulo– Nota 3

São Paulo me proporcionou uma experiência terrível. Há ligação entre a rodoviária e o metrô, porém gastei quase uma hora, só para entrar no vagão! Algo surreal. Ao entrar, é um caos. Não há espaços disponíveis para sentar, há superlotação e esperar ajuda é quase impossível. Havia, somente, funcionários repassando informações. O Brasil deve se inspirar mais nos outros países para reformular as linhas de metrô.

Assim, termina a primeira parte do “Cidadonômetro”!

O que vocês acharam?