A pouco mais de um ano no início dos Jogos Olímpicos no Brasil, o setor de Live Marketing já registra importante movimentação. Especialmente na cidade do Rio de Janeiro, sede dos jogos, o crescimento no número de agências especializadas “migrantes”, nos últimos meses, chamou a atenção dos especialistas e o fato se deve pelo potencial crescimento na demanda de ações pontuais que devem acontecer até o megaevento.
Além dos investimentos agressivos das marcas que detém os direitos Olímpicos, há aquelas que não fazem parte do rol de patrocinadores oficiais mas querem, de alguma forma, aproveitar a oportunidade para realizar ações relevantes. “Um exemplo são os hotéis, bares, locais de eventos etc, que estarão repletos de turistas para assistirem aos jogos”, ressalta Lops.
Mesmo fora da capital carioca, há inúmeras possibilidades de ações, em especial as ativações de marca, já que os Jogos Olímpicos serão amplamente divulgados em todas as regiões brasileiras. Apenas o revezamento da Tocha Olímpica, que será dividido entre três patrocinadoras oficiais – Bradesco, Coca-Cola e Nissan -, deverá percorrer 250 cidades brasileiras durante 100 dias, entre elas todas as capitais e o Distrito Federal. “Ações ligadas à cobertura dos Jogos Olímpicos nos PDV’s, por exemplo, deverão ser as mais procuradas. O COI – Comitê Olímpico Internacional é muito rígido com suas regras e as marcas deverão focar em locais privados que possam garantir o controle das ações”, recomenda.
Nissan, Embratel, Coca-cola e Bradesco, que fazem parte do time de patrocinadores, já estão “vestindo” toda a sua comunicação com o tema dos jogos. “Estive recentemente na sede da Embratel e 100% da comunicação do hall do prédio é com o tema da campanha dos Jogos Olímpicos. O Bradesco, idem. No caso de empresas que não são patrocinadoras, será preciso bastante inteligência para poderem comunicar nesse período. Uma recomendação importante é que estejam bem informadas quanto às restrições e não tentem usar as propriedades que não tem direito”, afirma o diretor da GAEL.
O cenário de oportunidades, regulamentos para campanhas, a relevância do marketing esportivo como ferramenta para as marcas e a desmistificação da Olimpíada em função da má experiência da Copa serão assuntos discutidos durante o 2º Congresso Brasileiro de Live Marketing, marcado para os dias 27 e 28 de julho, em São Paulo. O evento pretende reunir cerca de 1.200 profissionais de toda a cadeia produtiva do setor para debater temas de relevância para o desenvolvimento do mercado.
Além do painel “Jogos Olímpicos e Marketing Esportivo”, que será liderado por Gaetano Lops (GAEL), Maurício Magalhães (Tudo) e Marcos Lacerda (Momentum), o Congresso abordará temas como Licitações Públicas, Autorregulamentação, Bitributação das agências, Regionalização, Inovação e Tendências, com a participação direta das principais agências, clientes e fornecedores do Marketing Promocional brasileiro.
Mercado
O mercado de Marketing Promocional, está entre os que mais vêm apresentando crescimento nos últimos dez anos. De acordo com estimativas da AMPRO, o setor, que engloba diversas ferramentas nas áreas de Promoção, Merchandising, Eventos, Incentivo e Digital, movimentou perto de R$ 45 bilhões em 2014, com crescimento aproximado de 6%, incremento que deve ser repetido em 2015.
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