A Copa 2014 e Olimpíadas 2016 podem ser uma oportunidade de desenvolvimento das cidades e inclusão social. Geram empregos, melhoram moradias e ampliam direitos (..). Este trecho é parte da Cartilha ‘Copa 2014 e Olimpíadas 2016 – Juntos na proteção das Crianças e adolescentes’, lançada pela Fundação Abrinq – Save the Children com o objetivo de mostrar como empresas, municípios, organizações sociais e a sociedade podem prevenir situações de violação de direitos de crianças e adolescentes antes e durante os megaeventos esportivos no Brasil.
Na publicação, é possível conferir que, por conta desses megaeventos, estão sendo feitos investimentos milionários em infraestrutura para sediar os eventos e turismo mas, em contrapartida, pode-se observar que populações são excluídas tornando-se ainda mais fragilizadas. É preciso estar atento à violação dos direitos, entre elas o trabalho infantil em atividades paralelas relacionadas às obras dos estádios, além do trabalho nas ruas e a exploração sexual comercial.
Nas Olimpíadas de 2016 serão 380 mil estrangeiros a mais. Campanhas já estão sendo veiculadas no mundo todo, convidando os viajantes a fazerem um turismo de baixo impacto. É preciso estar atento à violação dos direitos das crianças e dos adolescentes, entre elas, o trabalho infantil em dezenas de atividades paralelas relacionadas às obras dos estádios e dos projetos de infraestrutura.
Abaixo, alguns setores que podem favorecer o emprego do trabalho infantil no período da Copa do Mundo e das Olimpíadas:
• Construção civil (nas obras que antecedem os megaeventos) – ajudantes de obras, limpeza das obras, reciclagem de materiais de construção, empresas familiares de produção e entrega de marmitas, exploração sexual comercial nos canteiros de obras;
• Transportes (antes e durante os megaeventos) – nos aeroportos, como engraxates e distribuição de folhetos publicitários; nas rodoviárias, como pedintes, na venda de alimentos e bebidas e na distribuição de folhetos turísticos;
• Rede de turismo (antes e durante os megaventos) – guias mirins, tráfico de drogas, exploração sexual comercial, venda de material esportivo, alimentos e bebidas;
• Comércio de rua – malabaristas, flanelinhas, lavadores de carros e distribuidores de folhetos;
• Indústria da confecção – confecção de materiais e calçados esportivos, confecção de roupas e calçados para operários da construção;
• Rede de reciclagem (principalmente durante os megaeventos) – coleta de papéis, plásticos e latinhas.
Para ter acesso ao conteúdo completo da Cartilha basta acessar http://sistemas.fundabrinq.org.br/biblioteca/acervo/cartilha_copa_olimpiadas.pdf
Fundação Abrinq - Organização social que, desde 1990, trabalha para que os direitos de crianças e adolescentes sejam respeitados. A partir de 2010, firmou parceria com a maior e mais antiga ONG de defesa de direitos da criança no mundo, a Save the Children Internacional.
Os projetos que ambas desenvolvem na área da educação, saúde e proteção em todo o Brasil continuam a ser operados, porém a rede de programas de abrangência nacional foi ampliada, o que vem dar voz às questões que envolvem o cenário da infância brasileira para o mundo e fará com que o número de crianças e adolescentes atendidos salte dos atuais 260 mil, para aproximadamente um milhão por ano, nos próximos cinco anos.
Comentários