Fechamento da venda de Sauipe causa polêmica

Anunciado em primeira mão pelo Portal Eventos na última terça-feira, o fechamento da venda do empreendimento foi confirmada por José Ernesto Marino, arquiteto da aquisição da

O destino do Complexo Costa do Sauipe, localizado no litoral norte baiano, tornou-se objeto de rumorosa polêmica. Após anunciar no dia de ontem, em primeiríssima mão o fechamento da venda do empreendimento, o Portal Eventos hoje manteve contato com Alexandre Zubaran, presidente da Sauipe S.A. que não quis se pronunciar sobre a matéria, contudo deu a entender que não há nenhuma confirmação sobre a noticia, “achando precipitada qualquer especulação sobre o fato, neste momento”.

No entanto, procurado pelo Portal Eventos, o diretor da BSH International, Jose Ernesto Marino, responsável pela engenharia financeira que viabilizou a aquisição do Complexo Costa do Sauípe, confirmou o negócio, informando que “John Issa, presidente fundador da rede hoteleira SuperClubs, estará no Brasil na semana que vem para efetuar o pagamento devido”.

Ainda segundo, José Ernesto o numerário necessário para que o SuperClubs concretize o negócio “será financiado por um Fundo de Investimentos constituído por investidores da Espanha, Inglaterra e Dubai, que posteriormente adquirirão uma participação acionaria significativa no empreendimento”.

José Ernesto mostrou-se extremamente satisfeito com o desfecho das negociações “que permitirá que o SuperClubs assuma a administração dos cinco hotéis do complexo, implementando a política de trabalho que vinha defendendo há muito tempo”, garantindo que “os fatos irão demonstrar a total viabilidade comercial e econômica do maior projeto hoteleiro brasileiro”.

Anunciado como o maior complexo hoteleiro da América do Sul quando lançado pela Construtora Odebrecht no final da década passada, a Costa do Sauípe se constituiu na primeira experiência multimarca nacional, tendo sido inaugurado no começo da década com as bandeiras Marriott, Renaissance, Sofitel e SuperClubs, num conjunto de 1588 apartamentos, uma dúzia de restaurantes e bares, centros de saúde, beleza, tênis, eqüestre, náutico, esportivo e de golfe, além de um centro de compras e a Vila Nova da Praia.

Tendo viabilizado o empreendimento quando de sua construção, a PREVI Fundo de Pensão do Banco do Brasil se tornou sua maior acionista, tendo inclusive posteriormente adquirido a participação acionária da Odebrecht.

Apesar de todo esforço despendido, problemas diversos prejudicaram o desenvolvimento adequado da Costa do Sauípe, situação que culminou com o desligamento da Marriott, Renaissance e Sofitel do empreendimento.

Sem tradição hoteleira, nem interesse em manter uma operação hoteleira em seu portfólio de investimentos, a PREVI recentemente vinha analisando propostas de aquisição do empreendimento, considerando que, mesmo que não aceitasse nenhuma das propostas apresentadas, num prazo de alguns anos teria que vender Costa do Sauípe em atendimento à legislação brasileira. Assim, a PREVI tinha duas alternativas, ou vendia imediatamente, ou em alguns anos teria que vender o empreendimento.

Nestas circunstâncias, a decisão da PREVI foi pela venda imediata e mais uma vez o desfecho das negociações foi determinado pelo atendimento da legislação. Após analisar as diversas propostas, o Fundo de Pensão optou pela apresentada pela Globalia (um dos maiores grupos espanhóis, com participação na Air Europa, Travel Plan etc.), CVC e bancos espanhóis.

No entanto, como determina a Lei, a PREVI submeteu a proposta aos locatários do empreendimento, tendo todos desistido do direito de preferência, menos a SuperClubs, rede hoteleira remanescente do projeto original, que na sexta-feira (5 de setembro), último prazo, exerceu seu direito de preferência, cobrindo a proposta da Globalia.

Na concretização do negócio, mais uma vez, foi fundamental a participação de José Ernesto Marino, um dos mais respeitados consultores hoteleiros do Brasil, responsável pela introdução no país de importantes grupos hoteleiros internacionais como o Sol Meliá em 1989, SuperClubs em 1999, Kempinski, Howard Johnson e Sonesta.

Dessa vez, a participação de José Ernesto Marino, diretor da BSH International, membro do ISHC International Society of Hospitality Consultants, membro dos conselhos consultivos do Centro de Hotelaria, Turismo e Administração de Esportes da Universidade de Nova York e da Global Hotels Investment Outlook e chairman do Seminário Internacional de Investimentos em Hotéis & Resorts, foi mais importante. Mais do que atuar como consultor, José Ernesto Marino buscou fundos de investimentos espanhóis, ingleses e de Dubai para constituir  o Fundo de Investimentos BSH que em conjunto com a SuperClubs serão os novos proprietário do Complexo Costa do Sauípe.

A oficialização do negócio e mais detalhes serão anunciados nos próximos dias.