O Nordeste apresentou um aumento de 30% no número de voos internacionais no mês de março, em comparação ao mesmo período do ano passado. É o que afirmou Rafael Felismino, assessor de Gestão Estratégica da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), no “Fórum Futuro do Nordeste”, da Folha de S.Paulo, realizado em Fortaleza nesta quinta-feira (22). No entanto, o percentual corresponde apenas 5% dos voos que partem para outras regiões do País.
“Essa região tem vocação natural para o turismo, não apenas por suas belezas naturais e rica cultura, mas também por seu povo trabalhador e hospitaleiro. A localização geográfica privilegia o Nordeste, que fica a poucas horas de importantes países emissores de turistas da Europa e dos Estados Unidos. É preciso superar desafios, melhorar estruturas e equipamentos, qualificar os serviços e aumentar a nossa conectividade aérea”, comentou Felismino.
De acordo com o assessor da Embratur, é preciso melhorar a qualificação de serviços e equipamentos, que ainda prejudicam a atração de turistas internacionais. "Nossos hotéis, parques, centros urbanos e praias precisam de maior qualificação para que possam, de maneira satisfatória, entregar serviços ao turista mais exigente. A qualificação dos profissionais em outro idioma ainda é um desafio para o Brasil", alertou.
Rafael Felismino também lista como desafio interno a transformação da Embratur em uma agência aos moldes do Sebrae e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex). "O recurso para promoção internacional está escasso. Sairemos do orçamento da União e teremos a possibilidade de captar recursos da iniciativa privada", acrescentou.
A Embratur trabalha em parceria com as empresas, com o objetivo de melhorar a conectividade aéreas para o Brasil, com foco em diversificação de destinos e diminuição de custos. “É preciso investir em ampliação da malha aérea e na captação de voos de baixo custo. O exemplo do Ceará, que tem trabalhado fortemente na promoção internacional e na ampliação da malha aérea, com a captação do hub AirFrance/KLM/Gol, deve ser seguido por outros estados da região”, informou o representante da Embratur no seminário.
O evento, que contou com a participação de lideranças do trade turístico nacional, debateu problemas e soluções relacionados à Região Nordeste, em áreas como produção industrial, tecnologia, energia, infraestrutura logística e turismo.
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