Educação Continuada ao Alcance de Todos

A sede de aprender deve ser condicionante explícita no perfil de todo profissional, que deseja fazer realmente a diferença no mercado de trabalho.

Em mundo VUCA, onde a volatilidades, incertezas, complexidades e ambiguidades são marcos em todas as ambiências, muitos podem até acreditar que não há nada a se fazer, a não ser entregar-se a essa dinâmica e torcer para não ser sucumbido por ela.

Porém, essa afirmação pode encontrar outra resolução, obtida por meio de estudos, conhecimentos e, consequentemente, sabedoria em antecipar-se e lidar com mais segurança e assertividade sobre as questões que nos afligem e tiram nosso eixo de equilíbrio.

Estudar, ler e aprender são instrumentos que devem ser continuamente utilizados para fortalecer toda e qualquer pessoa, frente aos dilemas, questionamentos e decisões a serem tomadas.

Em eventos não poderia ser diferente...

O conhecimento está em todos os locais e com o advento da tecnologia, ele hoje encontra-se, literalmente, na palma das nossas mãos, nos possibilitando conexões diversas e insights surpreendentes.

Sempre que uma obra com conteúdo relevante e perspicaz chega ao mercado, é motivo de exaltação, e, sobretudo, reconhecimento.

Recentemente, Murilo Depieri Malpighi, lançou o livro Organização de Feiras de Negócios – Coordenador de Eventos. Com a propriedade de trabalhar na área desde 1996, o autor @murilomalpighi colabora com a maior profissionalização do setor, buscando compartilhar suas vivências por meio desse compêndio informativo, que deixa lacunas para maior profundidade, mas possibilita embasamento crível no nicho de feiras.

Com 14 capítulos, divididos de forma bem didática, com linguagem coloquial e direta, o livro apresenta desde aspectos históricos recentes sobre o setor até especificidades da tipologia abordada, inclusive utilizando de fontes como a Wikipedia, o que por si só, já ajuda a desmistificar a ausência de credibilidade dessa importante fonte de informações, muitas vezes desprezada pelo olhar acadêmico.

Há capítulos que poderiam até mesmo serem apresentados como anexos, mas na compreensão do autor, os mesmos receberam maior destaque, no intuito de sinalizar maior atenção ao tema em si.

Para quem trabalha com eventos, mas ainda, não está focado em feiras, a obra permite abranger detalhes dirigidos e criar uma nova familiaridade com esse ambiente, considerado, por muitos, como um dos mais rentáveis de toda a área.

Afinal, estima-se que sejam realizadas cerca 33.000 feiras em todo o mundo por ano, movimentando cifras poderosas, em torno de US$ 551 bilhões em vendas de negócios para os participantes. Sem abordar, as despesas de visitantes e expositores que podem chegar a um impacto total de US$ 334 bilhões tanto para a cadeia de valor da indústria de exposições (organizadores, centros de convenções e prestadores de serviços) quanto para as atividades relacionadas ao turismo (hospedagem, alimentação e viagens).

São Paulo é prova viva disso. A cidade é o motor dos eventos de negócios no Brasil, de acordo com a UBRAFE, União Brasileira dos Promotores de Feiras, em seu relatório "Impacto Econômico Social das Feiras de Negócios em São Paulo", no último ano antes da pandemia da covid-19, em 2019 o estado de São Paulo promoveu 742 eventos de grande porte com mais de 500 participantes.

E isso tem atraído cada vez mais o interesse de outras cidades nesse nicho. O próprio município do Rio de Janeiro, acaba de reestruturar um galpão de eventos, de médio porte, no local conhecido como Porto Maravilha.

A ideia do projeto é disputar o mercado nacional de feiras e exposições com São Paulo, se valendo da proximidade com o Aeroporto Santos Dumont, a Rodoviária do Rio e o Galeão. Além disso, o espaço pode ser alternativa ao pioneiro Riocentro, na Barra da Tijuca, e ao Expomag (ex- Centro de Convenções SulAmérica), na Cidade Nova.

Com boas perspectivas futuras, investir em conhecimento, deixa de ser um diferencial e torna-se compulsoriamente uma necessidade, afinal nosso mercado, apesar de todo o êxito, ainda é assombrado por muito amadorismo e contra isso, nada melhor, que a educação continuada, seja de forma convencional, em sala de aula, virtual ou presencial, por meio de leituras especializadas, grupos de networking, enfim, o importante é não perder o movimento do aprendizado... sempre!

Começar com leituras interessantes é uma boa possibilidade.