O vice-presidente da TAM, Wagner Ferreira, acredita que com o aumento do preço do petróleo, companhias aéreas devem diminuir o leque de promoções e cobrar pelo embarque de bagagens
A alta do preço do petróleo no mercado mundial já está afetando a parte mais sensível do corpo humano: o bolso. Quem afirma é o vice-presidente da Tam, Wagner Ferreira, que, em entrevista exclusiva à EVENTOS, comentou sobre o futuro da aviação brasileira e internacional.
Segundo Ferreira, algumas medidas emergenciais já estão sendo tomadas pelas companhias aéreas para compensar o aumento do valor dos combustíveis. “Nos Estados Unidos muitas delas estão demitindo funcionários para controlar o orçamento. Por aqui isso ainda não aconteceu, mas, em compensação, o repasse está se refletindo no preço das passagens, que têm ficado mais salgadas”, explica. Mesmo com o aumento, no entanto, o vice-presidente garante que as promoções tarifárias vão continuar. “O mercado e a concorrência exigem que continuemos emitindo bilhetes promocionais. Os valores especiais de fim de semana e adquiridos pela web estarão disponíveis, mas em menor proporção”, reafirma.
De acordo com Ferreira, o preço do petróleo responde a 38% dos custos das companhias aéreas, que ficam vulneráveis ao mercado, “já que o valor da matéria prima oscila diariamente”. Além de diminuir a equipe de funcionários e aumentar o valor das passagens para compensar a alta dos combustíveis, conta o vice-presidente, muitas empresas norte-americanas estão cobrando pelo embarque das bagagens. “Essa é uma tendência que está começando, mas já tenho visto com freqüência em minhas viagens internacionais. No final das contas é o mesmo que cobrar a mais pelos bilhetes aéreos, mas acaba assustando menos o consumidor”, revela. Sobre a possível importação dessa nova medida para o Brasil, Walter é enfático: “se acontecer ainda levará um tempo, mas não descarto a possibilidade”.
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