O incêndio que atingiu o Mercado Público na noite de sábado iniciou na rede elétrica da banca 46, conforme trabalho do Instituto Geral de Perícias (IGP). Um curto-circuito de grande proporção foi responsável pela propagação das chamas, de acordo com o perito Rodrigo Ebert.
“Pelos vídeos e análises, chegamos ao local em que ocorreu, que foi junto à parede deste restaurante, onde havia instalações elétricas. A partir dali teve a formação de arcos voltaicos, que são curtos de grandes proporções”, contou Ebert. “Vamos levar algumas peças para o laboratório, onde temos condições para uma definição melhor. A gente pode adiantar que será um laudo bem conclusivo. Dentro de 30 dias, deve sair o resultado completo”, acrescentou.
A perícia ainda não sabe ao certo o que teria provocado esse curto, o que deve ser verificado na segunda etapa do trabalho do IGP. “Esse curto no forro ocorreu em função do aquecimento causado por outro evento. Esse outro evento a gente vai analisar melhor em laboratório. O que a gente sabe é o que propagou e aumentou as chamas”, destacou.
A Polícia Civil descartou a possibilidade de incêndio criminal e garantiu que os materiais disponíveis para o trabalho do Corpo de Bombeiros estavam funcionando. “Pelo resultado da perícia, sabemos que não houve incêndio criminoso. A conclusão descarta isso. Ouvimos várias pessoas e elas disseram que existia água e os hidrantes estavam funcionando. Além disso, todos extintores de incêndio eram novos”, disse o delegado Hilton Muller.
Partindo da perícia, a polícia vai avançar para a responsabilização pelo fogo que consumiu parte do prédio histórico no fim de semana. “Os elementos subjetivos nós estamos estabelecendo agora. Vamos verificar quem foi o responsável culposamente por esse fato. Ouvimos o proprietário e o gerente pela manhã, e teremos oitivas com outras pessoas”, afirmou o delegado.
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