A decadência do turismo:realidade ou mito?

Reflexões sobre o futuro do turismo

Prezado leitor,

Ando  muito desconfiante com nossa atividade.O turismo mostra aos poucos sua cara amadorística e vive de informações em veículos especializados de entrada e saída de executivos de empresas,eventos de lançamento de produtos sem nenhuma inovação e esquece atividades vitais,como a pesquisa,a capacitação verdadeira dos mandos operacionais e gerenciais e a participação nas decisões politicas.

São brigas constantes entre associações de classe,falta de posicionamento das lideranças nas grandes questões nacionais de fomento e estruturação do setor e sobretudo um desleixo com o futuro da atividade,que sofre verdadeira revolução com as redes sociais,as agências on line,os novos canais de distribuição de prestadores que priorizavam as agências,o novo perfil do turista que viaja por conta própria e começam a falar em "redução",como se esta fosse a palavra chave para vencer a "crise".

Hoje,vivemos uma guerra tarifária das empresas aéreas nunca vista na história recente do turismo e uma falta de priorização do consumidor final,com assentos na econômica de tamanho irrisório,serviço de bordo precário e redução de tripulantes.Poucas vão na contramão da redução,como a Emirates,a Eithad ou ainda a Turkish,para citar alguns exemplos.Sabemos que o futuro da aviação está na fusão de empreas aéreas e a aderência à grandes alianças.Hoje,não temos uma companhia de bandeira que nos represente e seja a imagem do Brasil.É triste e assustador ,sobretudo levando em consideração que com o numero de aeronaves que possuem algumas brasileiras não concorrem com o mundo da aviação.

As faculdades de turismo vão aos poucos saindo do cenário de busca de futuros profissionais.Não conseguem acompanhar a velocidade do mercado e acabam fechando.Acredito que até 2020,teremos uma redução de 50./. das atuais faculdades e o turismologo precisará se reinventar para manter acesa a chama de um profissional vital para o turismo e para os novos olhares futuros do Brasil.Talvez,o tecnólogo em turismo seja a solução e possa gerar maior empregabilidade.Os salários iniciais da atividade não atraem e o crescimento dentro das empresas é relativo,pois ainda se mantem uma forte estrutura familiar nos negócios do agenciamento e da hotelaria.

Não vejo mudanças nas lideranças:falta sangue novo com foco no futuro.Desculpe repetir tal fato algumas vezes.São as mesmas pessoas que ocupam os cargos públicos,as presidências das associações e querem apenas figuração e não mais trabalhar em prol da mudança.

Sim,faltam politicas publicas de promoção,de segurança turística e de formatação de produtos.Falta vontade politica.Falta representatividade politica.Falta sobretudo interação de todos os setores envolvidos.Menos discursos e entrevistas e mais ações.

Desculpe o desabafo de hoje mas quero dar uma sacudida geral...

Até o próximo post com alguma novidade boa,espero...