7ª maior indústria de turismo do mundo, o Brasil cresce 23 posições no ranking das nações mais competitivas

No entanto, ainda deixa muito a desejar: não consta como prioridade governamental, falta eficácia à sua estratégia de marketing, o ambiente de negócios deixa a desejar, assim como sua infraestrutura. Assim, apesar de ter melhorado, o Brasil permanece estacionado na faixa dos 5 milhões de turistas internacionais nos últimos 30 anos. Ou seja, ainda temos que comer muita grama.

No entanto, ainda deixa muito a desejar: não consta como prioridade governamental, falta eficácia à sua estratégia de marketing, o ambiente de negócios deixa a desejar, assim como sua infraestrutura. Assim, apesar de ter melhorado, o Brasil permanece estacionado na faixa dos 5 milhões de turistas internacionais nos últimos 30 anos. Ou seja, ainda temos que comer muita grama.

O Brasil é o 28º país do mundo mais competitivo em turismo, de acordo com um relatório bianual do Fórum Econômico Mundial (Davos) lançado esta semana. O país é o primeiro colocado da América Latina, com o México próximo em 30º (apesar de receber um número muito maior de visitantes).

"A Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 no Rio levaram a investimentos significativos em infraestrutura e conectividade, ajudando o país a conseguir a 41ª posição em infraestrutura aeroportuária e a 3ª em número de estádios de esporte. Também está no top 10 em encontros de associações internacionais. Com sua biodiversidade rica, o Brasil é primeiro no ranking em recursos naturais e número de espécies conhecidas", diz o relatório.

O top 10 do Fórum Econômico Mundial é formado, na ordem, por Espanha, França, Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido, Suíça, Austrália, Itália, Japão e Canadá. Iêmen, Angola, Guiné e Chade estão nas últimas posições.

O Relatório de TT produzido pelo Fórum Econômico Mundial analisou 141 economias em 14 pilares divididos em 4 eixos: ambiente geral (coisas como segurança e higiene), condições e políticas do setor (como preço e abertura mundial), infraestrutura e recursos naturais e culturais.

Apesar de ter melhorado 23 posições, o que poderia parecer bom, deixa muito a desejar. Afinal, apesar de estar nas primeiras colocações em recursos naturais e culturais, ser a primeira em número de sítios naturais do Patrimônio Mundial, ainda continuamos nas ultimas colocações em Eficácia do marketing para atrair turistas (124º), Qualidade de infraestrutura de transporte aéreo (112º), Qualidade das rodovias (122º), Desenvolvimento sustentável de T & T (118º), Espécies ameaçadas (115º), Contribuições taxa de imposto sobre o trabalho (137º), Efeito da tributação sobre os incentivos ao trabalho (137º) e Número de dias para iniciar um negócio (137º).

E o que é pior, segundo o Relatório, turismo não é prioridade do Governo, estamos em 119º lugar, e as dificuldades para obtenção visto 102º, dentre os 140 pesquisados.

"Apesar de seu grande potencial, ainda há grandes oportunidades de investimento, especialmente na melhora da infraestrutura em terra. No entanto, elas são inibidas pelo ambiente de negócios restritivo (126º), em parte devido à alta taxação (135º) e o tempo necessário para obter uma permissão de construção (137º). Além do mais, segurança continua uma questão no Brasil, devido ao alto custo do crime e da incidência de violência", aponta o Relatório.

Tudo isso explica porque apesar dos pesados investimentos realizados pela iniciativa privada, com a multiplicação de meios de hospedagem e centros de convenções o Brasil permanece estacionado na beira dos 6 milhões de turistas internacionais nos últimos 30 anos.

O Estudo produzido pelo Fórum Econômico Mundial apresenta quatro principais conclusões que emergem a partir dos resultados, em combinação com outras análises quantitativa e qualitativa levantados pelos parceiros do Estudo.

  • Em primeiro lugar, a indústria de T & T continua a crescer mais rapidamente do que a economia global como um todo. Como prova de sua capacidade de resistência, a análise mostra que o crescimento do setor em termos de tráfego aéreo de passageiros global, taxas de ocupação internacionais e chegadas, tende a retornar à tendência rapidamente após um choque.
  • Em segundo lugar, os países com melhores resultados são aqueles que estão melhor preparados para capturar as oportunidades de novas tendências: a crescente demanda de países emergentes e em desenvolvimento; as diferentes preferências dos viajantes; do envelhecimento da população e uma nova geração de viajantes mais jovens; e a crescente importância dos serviços on-line e marketing, especialmente através de internet móvel.
  • Em terceiro lugar, o desenvolvimento do setor da T & T oferece oportunidades de crescimento e benefícios sociais para todos os países, independentemente da sua riqueza. Várias economias em desenvolvimento e emergentes são classificadas entre as 50 economias mais competitivas T & T. Um sector T & T forte se traduz em oportunidades de trabalho em todos os níveis de habilidade.
  • Em quarto lugar, o desenvolvimento da indústria de T & T é complexa, exigindo a coordenação interministerial e parcerias frequentemente internacionais e público-privadas para superar gargalos financeiros, institucionais e organizacionais.

**Para ter acesso ao estudo completo faça o dowload do PDF abaixo da galeria de imagens contendo os gráficos do estudo.